#4 Porque o ato de poupar deve ser um hábito

 Apenas um em cada três brasileiros tem o hábito de poupar, seja luz, água  e muito menos dinheiro. Poucas famílias possuem, ao menos,  uma reserva de emergência para os imprevistos.. E destas, apenas um percentual muito pequeno tem uma estratégia de investimentos adequada. A maioria de nós tem um comportamento que chamamos de "imediatista", o que nos remete apenas às contas do mês. E quando desejamos algo, não titubeamos em usar, sem escrúpulos, o nosso cartão de crédito. A grande desculpa é "Vamos viver o agora", "O futuro é imprevisível", Sempre poderemos dar  um "jeitinho".

É importante esclarecer que o ato de poupar sempre deve ter um objetivo, seja de curto, médio ou longo prazos. E o maior de todos, é justamente adquirir sua independência financeira, E o que seria isto? Você acha que independência financeira é ter um bom emprego? Pois bem, você está errado. Pode perdê-lo a qualquer momento. Não há garantias. Mesmo os empregos públicos podem sofrer uma reversão por conta de uma privatização, por exemplo. De qualquer maneira, sempre será um risco, seja conjuntural ou pessoal. E da mesma forma que você contrata um seguro de automóvel, você deveria contratar um seguro para sua independência financeira. E isto só será possível se pensarmos como uma mente próspera. O ato de poupar e ter uma estratégia de investimentos é exatamente isso. Sem esta providência, seremos eternamente reféns de uma situação que de forma ou outra, sempre envolverá uma boa dose de  sorte de que não haja nenhum imprevisto em nossa vida. E na maioria dos casos, chegamos à idade de aposentarmos, sem uma renda compatível com nosso estilo de vida.

Em uma pesquisa recente nos EUA a respeito dos mais ricos daquele país, concluiu-se que apenas uma ínfima percentagem destes, tem seus rendimentos principais baseados em renda do trabalho. O que alavanca sua riqueza e sua independência financeira é justamente a renda de ativos que foram construídos com o hábito de poupar, bem como  uma estratégia de alocação de ativos vencedora. E o que são ativos? É tudo que possa te gerar renda sem necessidade de seu trabalho de rotina. Rendimentos dos investimentos financeiros, aluguéis de imóveis, dividendos de ações e fundos imobiliários, são exemplos de ativos. O dinheiro trabalha para você.

Quanto mais cedo você começar, muito melhor. O poder dos juros compostos é inacreditável. Por exemplo, se você tiver R$ 300,00 investidos mensalmente por 30 anos a uma taxa de juros de 0,65% a.m (que considero baixa), ao final de 30 anos você terá R$ 561.600,00.  Invista conforme seu objetivo financeiro e prazos destes objetivos. Se você quer fazer uma viagem daqui a seis meses, comece a poupar um percentual de seu salário desde já. E onde aplicar?. Em uma aplicação de menor risco  que não incida IR na fonte, como poupança ou mesmo em Letras de Crédito  do Agronegócio (LCA) para valores um pouco maiores. E diversifique um pouco comprando dólar, caso a sua viagem seja ao exterior. E, à medida que  seus objetivos sejam de maior prazo, comece a fazer uma alocação de ativos proporcionalmente de maior risco. Para isso, considere as taxas de administração dos eventuais fundos que aplicar (se for maior que 1% esqueça), e da incidência de IR na fonte (prazos acima de 2 anos tributam o mínimo de 15% sobre o rendimento em renda fixa). Faça cursos sobre investimentos e comece a alocar parte em renda variável (ações por exemplo), sempre depois de você ter uma boa dose de conhecimento. Considere aplicar parte de seus investimentos em uma carteira de títulos imobiliários, que nada mais é do que adquirir uma cota de determinado imóvel, que pode ser um Shopping, um empreendimento residencial ou um Hospital. Existem dezenas de fundos cadastrados. E lembre-se do mais importante: a diversificação na alocação de ativos é fundamental. E que esta diversificação contenha sempre ativos de proteção do patrimônio, que valorizam mesmo em tempos de crise. Nas próximas edições falaremos mais detalhadamente estes assuntos 

Um ótimo inicio de semana!