segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Quais as fases de uma mudança efetiva em seus hábitos financeiros ??

Observem bem a figura acima  !!! Como aprendemos qualquer coisa efetivamente??? 
 O que esta imagem nos propõe é simples!!! :

Noventa por cento do que FALAMOS E FAZEMOS tem a maior efetividade possível numa abordagem prática para o aprendizado. E como isto se aplica ao nosso cotidiano financeiro??

Bem,  eu diria que a receita na teoria é simples, mas na prática não é.

Basta ler um livro, fazer um curso, seja de autoajuda, de educação financeira, coaching ou seja lá o que for, para você realmente logar êxito em mudar seus hábitos e sair de determinada situação que causa algum tipo de desconforto ou embaraço em sua vida ?? 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Não importa o quanto você ganha, mas o que faz com o que ganha

Muitas pessoas acham que ganhar pouco é sinônimo de sobreviver e não ter sonhos. Se ganho pouco, como posso pensar em poupar? Como fazer planos e objetivar o que quero de verdade?  

Na última década, mais de 39 milhões de pessoas entraram na classe média, sendo que somente nos últimos 21 meses, 13 milhões de brasileiros chegaram a esse estrato social. Com esta ascensão, o Brasil tem mais da metade da população inserida na Classe Média. O pesquisador do Centro de Pesquisas sobre Desigualdade Social da Universidade Federal de Juiz de Fora e Doutorando em Sociologia na Universidade de Berlim (Alemanha), Roberto Dutra, ressalta que esta ascensão em alta velocidade pode redefinir o desenvolvimento do país.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Sobre os hábitos financeiros: Quando as dívidas são um pesadelo.





Antes de falar em investir e das melhores aplicações do momento, temos que falar de um assunto muito sério e que nos afeta a quase todos em diferentes níveis: A inadimplência e o endividamento. Vamos primeiro olhar para estes dados do SPC Brasil e entender o perfil dos endividadados brasileiros (agosto/2013):

O indicador ampliado do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) detalha como se comporta a inadimplência no comércio brasileiro, segundo os critérios gênero, idade e valor das dívidas em atraso. O resultado do balanço no mês de agosto revela uma concentração de consumidores inadimplentes do sexo feminino, com idade entre 30 e 39 anos, cujas dívidas ultrapassam a quantia de R$ 500.
Seguindo a tendência apontada desde o começo deste ano, foi novamente detectado um ligeiro equilíbrio entre consumidores dos gêneros feminino e masculino. As mulheres representam 54% da parcela de inadimplentes, enquanto que os homens, 46%. Os economistas do SPC Brasil explicam que os dados não podem ser considerados “taxativos”, uma vez que a diferença entre os dois gêneros não é muito expressiva. “Além disso, segundo nosso banco de dados, as mulheres também são as que mais consomem [vendas: 58,76% (mulheres) 41,24% (homens)]. Dessa forma, é natural que sejam ligeiramente mais inadimplentes”, afirma o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.
   Idade:
 O levantamento também revela que a maior parte dos cadastros negativos concentra-se em CPFs de consumidores com idade entre 30 e 39 anos (25,8%). “São pessoas inseridas em um perfil comumente atribuído a chefes de família, que arcam mensalmente com compromissos frequentes e pesados como aluguel, água, luz, telefone e mensalidade escolar. Esse fato, aliado à falta de planejamento financeiro ou à imprevistos, pode acarretar no atraso de parcelamentos”, explica o especialista Flávio Borges.

Valor da dívida

Em agosto, 50,78% dos consumidores inadimplentes possuíam dívidas com valores acima de R$ 500. Em julho o percentual era ligeiramente menor, atingindo 48,97% dos casos, mas o suficiente para ser a maior parte dos casos. Para Borges, este resultado é uma tendência que se mantém desde o início do ano e reflete as compras de bens duráveis com maior valor agregado e que na maioria das vezes, são parcelados entre 12 e até 48 meses.

Geralmente a população brasileira entra na ciranda financeira, já a partir de quando jovem e um primeiro emprego,  quando começa a usar o limite do cheque especial da conta, normalmente aberta para receber seu salário. E entende-lo erradamente como salário.
O mau uso das facilidades de crédito que nos colocam à disposição, tais como o cheque especial, o cartão de crédito e débito e empréstimos de todas os formatos, inclusive os chamados consignados,  poderão gerar problemas que tendem a se agravar ou mesmo levar a uma situação insolúvel com o tempo, caso não sejam perfeitamente entendidos seu uso e custos.
Uma pessoa com “analfabetismo financeiro”, o que é extremamente comum na nossa população, vai considerar que estas facilidades postas à sua disposição, são parte efetiva do seu salário e/ou rendimentos, o que poderá  causar um grande estrago futuro em forma de “bola de neve” impagável, dependendo da situação.  A tendência é o total descontrole entre seus gastos, limites e capacidade de pagamento.
O mais comum dos problemas que ocorrem,  é o que chamamos usualmente de “rolamento da divida”, na hora em que acertamos apenas a fatura mínima do cartão ou pequena parte do cheque especial utilizado. Estes custos entrarão em regime de juros compostos e à medida que os prazos se alonguem, a divida torna-se exponencial.. E lembrando que os juros cobrados destes meios são absurdamente altos, a tendência é ficar com dividas, muitas vezes superiores ao próprio patrimônio do devedor. E este fato independe de classe, raça ou cor.
Outra questão de endividamento se refere à compra de um automóvel ou outros bens de consumo duráveis. Geralmente quando compramos um bem deste tipo, pensamos somente nos custos de aquisição que são geralmente financiados pelos bancos e montadoras em grande parte. E dependendo do prazo, os juros embutidos nas prestações, chegam a representar o dobro do custo inicial.
Além deste fato,  um automóvel vai gerar, adicionalmente aos custos de um financiamento, diversos custos agregados como o IPVA, seguros, licenciamento anual, combustível, estacionamento, manutenção, pedágios dentre outros. Já foi mostrado em estudos, que a cada três anos, um novo carro de igual valor  é gasto somente com estas despesas. E quando chega a hora de pagar tudo ,  não houve o devido provisionamento destas despesas. E mais dívidas aparecerão que não serão saldadas;
Similarmente, a compra de um imóvel financiado, gera os custos do próprio financiamento, reajustados anualmente pela inflação, além de custos agregados como o IPTU, seguros, manutenção e condomínio. Além das chamadas taxas extras, muito comum quando condominios,.
Quando você cair em uma ou várias das situações descritas que fuja do seu controle, é preciso o quanto antes se organizar e tomar atitudes que estanquem a situação. As providências mais recomendadas  e necessárias para quebrar este ciclo serão  :
1)      Reúna sua família, inclusive filhos, de forma a todos se conscientizarem da real situação e ajudarem no processo. È muito comum alguns membros da família esconderem seus problemas financeiros dos pares, e quando estoura, já será tarde;
2)      Caso não esteja ainda negativado no SPC/Serasa ( que por um certo ângulo não é todo ruim), sustar imediatamente o uso do cartão de crédito, do cheque especial  e diminuir ao máximo suas despesas ( inclusive as pequenas e refeições externas).  Parar imediatamente o consumo e compra de bens adicionais não essenciais, de forma a estancar o ciclo dos juros sobre juros da dívida;
3)      Enxugamento de todas as despesas não essenciais ao seu trabalho e saúde familiar ( TV a cabo, celular pós pago, assinaturas de revistas e jornais, etc);
4)      Parar de pagar as faturas e dividas  de cartões e cheque especial já pré existentes e tentar negociar  com os credores ( bancos geralmente) , desde que você tenha a certeza que tenha a capacidade de pagamento. É importante assinalar, que a grande maioria dos credores vão querer negociar depois de algum tempo, e geralmente a custos bem inferiores da divida. Procure se possível a ajuda de um advogado ou do Procon, e se for o caso, entre na justiça cível para um acordo judicial;
5)      Pare de usar o carro e até devolva ao credor em casos extremos, se for o caso de um financiamento. A justiça garante a devolução dos valores pagos;
6)      Substitua seus eventuais empréstimos mais caros por dividas mais em conta em outras instituições, usando inclusive a portabilidade de crédito, prevista em Lei;
7)      Mude seus hábitos e comportamento financeiros, de forma a quebrar definitivamente este ciclo de consumo e endividamento de sua vida. Saiba consumir com inteligência. Poupe, planeje seus sonhos e sempre procure comprar à vista, que resultará em bons frutos em maior poder de negociação e eliminação definitiva dos juros em suas contas.

Estes só devem ser usados a seu favor na hora de escolher bons investimentos.