quinta-feira, 11 de julho de 2013

Série Investimentos: O Dilema dos Pequenos Poupadores. Em que Investir?

 Este artigo é dedicado a uma enorme fatia de pessoas, a grande maioria da população brasileira, dentre jovens em primeiro emprego, micro empreendedores, empregados assalariados de baixa e média renda e mesmo aposentados, que tem uma renda média familiar de até 3.000,00, e com muito suor, conseguem pagar todas suas contas no final do mês, e ainda poupar alguma coisa. Voce faz parte deste time?



Em pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Rosenfield, a pedido da BM&FBovespa e que contou com a participação de 2 mil pessoas das 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras, abrangendo 100 municípios, de todas as classes sociais, a conta poupança, a "queridinha" dos brasileiros,  é o investimento mais utilizado pela população em geral, com 44,4% do total de recursos aplicados, seguida pela conta corrente, com 37%.. 

O levantamento apontou ainda que mais da metade dos entrevistados (53,4%) afirmou que não sobra dinheiro no fim do mês para investir. Certamente por má administração de seu dinheiro.

O pesquisador Denis Rosenfield chamou a atenção para uma das conclusões da pesquisa: A principal fonte de informação dos brasileiros são os familiares, os amigos e os conhecidos, com 47,2%. “Resta saber quais são as fontes de informação desses parentes e amigos”, criticou Rosenfield. Os jornais ficaram em segundo lugar, com 9,2%. (Fonte : Valor Econômico )

 Segundo ainda a pesquisa , 43,5% dos entrevistados disseram não investir em ações por não terem conhecimento suficiente.
Mais da metade (52%) dos entrevistados disseram preferir investimentos de baixo risco e baixa rentabilidade. A fatia dos que escolheriam investimentos de alta rentabilidade, porém mais arriscados, é de apenas 7%.
“A maioria das pessoas nem considera investir em ações porque tem preocupações financeiras mais urgentes, de sobrevivência”, afirmou o relatório da pesquisa do Instituto Rosenfield de Pesquisas..


Em vigor desde maio de 2012, a nova caderneta de poupança tem rendimento atrelado à "Selic". Quando a taxa básica de juros está abaixo de 8,5%, os depósitos são corrigidos por 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR). Acima deste valor, o rendimento é o mesmo da poupança "antiga", de 6,17% ao ano mais a variação da TR. Os depósitos em poupança feitos depois de maio de 2012 estão sujeitos à nova regra, os anteriores não.


Apesar da remuneração maior, a poupança continua rendendo menos que a inflação esperada para 2013. Ou seja, o rendimento auferido não mantém seu poder de compra o que é péssimo para seu bolso. De acordo com o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o ano em 5,81%. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março, o próprio Banco Central projeta que o IPCA encerrará 2013 em 5,7%.


De acordo com simulação da Anefac, a nova caderneta só perde para os fundos, independente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada pelos fundos ( e gerida por bancos e corretoras) for abaixo de 0,50% ao ano, o que normalmente só é oferecido para aplicações de valores acima de R$ 50 mil. Os fundos de Renda Fixa passam a ter maior atratividade com resgate depois de dois anos - nestes casos a taxa de ad ministração pode ser até de 1,5% ao ano.

Mas..............

Pesquisando no site do Tesouro Direto (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto), onde você pode comprar títulos de diversas modalidades diretamente do governo Federal, existem por exemplo, títulos que rendem bem acima da inflação.  A LTN 010117 por exemplo, que tem um custo unitário de  R$ 696,10 no dia 08/07/2013 e data de resgate em 01/01/2017, rende exatamente 10,97% a.a ( sujeito ao I.Renda no resgate, que varia de 22,5 a 15% a.a sobre o rendimento, para prazos acima de 24 meses).
 Ou títulos atrelados à inflação, as chamadas NTN´s que rendem a inflação, o  IPCA + uma taxa de juros que variam de 5,08 a 5,47 % a.a conforme a data de resgate. Ou seja, bem superior à poupança tradicional,.

Quanto aos custos da transação, fiz uma simulação de aquisição  de 5 (cinco) LTN 010117 o que gerou um valor de desembolso de R$ 3.480,00 mais uma taxa devida ao agente de custódia ( no caso o Banco do Brasil) de apenas R$ 17,90., o que representaria 0,5% (meio por cento) da transação total. E sem outras taxas de administração anuais.

Então fica a pergunta:  
Se você, caro leitor,  com  investimentos e aportes de baixo valor,  pode aplicar diretamente em títulos do governo Federal, que  renderão bem acima da inflação, risco e custo baixíssimos e ainda ter a opção de  resgatar seu dinheiro aplicado antecipadamente, caso necessite. Porque continuar aplicando na poupança??

 As NTN´s particularmente, atreladas à inflação podem variar bastante o seu valor,  para mais ou menos, caso você venda este tipo de titulo antes do vencimento, pois são muito sensíveis à variação dos juros diários. Por isso, recomendo que este tipo de título seja resgatado no vencimento. Ou num cenário de baixa de juros. onde inclusive, seu titulo pode valer mais que o valor de compra.

 Basta se cadastrar em seu banco e pronto. A partir dai , comece a comprar diretamente títulos pela internet. É bem simples, prático e seguro.

Nas próximas edições falaremos de ativos mais arriscados,. mas que podem alavancar muito seus rendimentos futuros. 

Até a próxima
Abração do Diskin 

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