sexta-feira, 3 de julho de 2015

Coloque impulso em sua vida. Não nas suas compras !



Quem nunca comprou algo que nunca ou raramente usou, ou se arrependeu mais tarde, levante a mão?
  
" Levantamento nacional encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito,  mostra que mais da metade dos consumidores das capitais (53%), admitem ter realizado pelo menos uma compra por impulso nos últimos três meses. O percentual é ainda maior entre as mulheres, já que 6 em cada 10 (57%) entrevistadas assumem a falta de planejamento em relação às suas últimas compras.

Quando perguntados sobre os produtos que menos resistiram e acabaram comprando mesmo sem haver necessidade, o item mais citado são as roupas (24%), seguidos pelos calçados (12%), CDs e DVDs (7%), smartphones (7%) e livros (6%).


Entre as motivações que mais levam os consumidores a fazer uma compra sem planejamento prévio, o levantamento aponta que a principal delas é a promoção (51%), sobretudo entre a parcela feminina de entrevistados (61%) e integrantes da classe C (55%). Também foram mencionados outros estímulos como a atratividade do preço (31%), as características do produto, como funcionalidade e beleza (6%) e a facilidade de pagamento (4%).

Os locais em que as compras impulsivas mais ocorrem são os supermercados (30%), os shopping centers (20%) e as lojas virtuais (17%).

O estudo mostra ainda que na visão dos consumidores entrevistados, as lojas de departamento (28%) e os sites na internet (22%) são as que mais facilitam o acesso ao crédito, estimulando, consequentemente, as compras de itens não considerados tão necessários ou mesmo supérfluos"

Devemos entender primeiramente que as compras por impulso quase sempre escondem uma espécie de gatilho mental inconsciente na formação dos nossos hábitos. E com esta  rotina adquirida, este gatilho acaba fornecendo  uma recompensa associada ao prazer. Tal como o impulso em comer doces, temos padrões adquiridos, que caso não sejam conscientizados, amadurecidos e trabalhados, vão se tornando uma poderosa ferramenta mental que independe de nossa própria vontade racional. 

 Ao comprar por impulso e sem um planejamento prévio,  certamente estes são um dos principais responsáveis pelo descontrole orçamentário com a acumulação de dividas, muitas vezes impagáveis e uma barreira poderosa para que os consumidores tenham uma reserva financeira para lidar com imprevistos ou realizar sonhos.

 E consequentemente afetando nossa própria qualidade de vida, tanto física quanto emocional.

 "Um dos problemas associados ao comportamento impulsivo é o risco de endividamento em excesso. Quando as dívidas vão se acumulando e comprometem o dinheiro destinado aos gastos imprescindíveis, como despesas da casa e contas de primeira necessidade, é hora de o consumidor procurar ajuda para regularizar os atrasos porque ele pode cair na inadimplência", alerta o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli."

"Estabelecer um controle orçamentário ajuda o consumidor a ter uma visão mais ampla das suas despesas e pendências financeiras, além de evitar que o dinheiro comprometido com gastos fixos e inadiáveis seja direcionado impulsivamente para compras momentâneas", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti"

E como evitar ou mesmo pôr em ordem suas finanças ? :

1. Faça as contas e tenha o hábito de ter um orçamento financeiro pessoal :
  Comece avaliando cuidadosamente as contas, de preferência, coloque tudo no papel ou na tela do computador utilizando se de uma planilha ( existem várias grátis na internet) : qual sua renda mensal e quanto já está comprometido com despesas que não podem ser cortadas ou reduzidas (despesas essenciais)? Quais despesas eu poderia abrir mão?  O objetivo desse processo é simples: descobrir o valor disponível mensalmente passível de ser utilizado no pagamento de dívidas e no controle dos gastos. 

2. Em caso de possuir dívidas :
Caso esteja inadimplente ou com chances de estar, peça ajuda a alguém confiável O processo de acertar as contas e pagar dívidas exige cuidado. Avalie quanto você pode pagar em cada pendência. Se achar necessário, peça ajuda para parentes, amigos ou preferencialmente um especialista financeiro. É importante que seja alguém de sua confiança. A presença de outra pessoa nesse momento ajuda a dar segurança na hora de avaliar, de forma mais racional, ajudando a definir quanto pagar, quais dividas devem ser priorizadas, quais devem ser trocadas por uma divida com menor taxa de juros, se a proposta do credor é boa e se é possível honrar o pagamento. Cuidado especial com as dívidas do cartão de crédito e cheque especial, atualmente a níveis estratosféricos que ultrapassam 350% a.a .

3.Eleja as prioridades :
Eleja as prioridades e renegocie suas dívidas Após saber exatamente quanto pode pagar, comece a negociar suas dívidas. Lembre-se de que o total das prestações não deve ultrapassar o valor disponível de sua renda. Caso exista mais de uma pendência, tente negociar de forma que todas as prestações juntas caibam nesse orçamento. Estabeleça prioridades usando como critério as dívidas com juros mais elevados. 

4.  Controle seus gastos :
 Enquanto estiver pagando as dívidas negociadas, controle seus gastos e, se possível, tente reduzir despesas. Uma regra para a vida toda é ter cuidado especial com o supermercado que deve ser sempre realizado com uma lista prévia das necessidades. Cuidado especial com as promoções em shoppings e sites on line. Pense três vezes antes de adquirir um produto ou serviço, ou mesmo nunca compre no primeiro impulso. Raciocine antes se você realmente precisa daquele item ou se este vai fazer muita diferença em sua vida

5. Passe a planejar seus sonhos antecipadamente :
Quando já tiver negociado todas as sua dívidas , passe a ter hábitos positivos com o dinheiro, inclusive se acostumar a planejar previamente todos os seus objetivos financeiros de curto médio e longo prazos, de forma que estes façam parte integrante do seu orçamento pessoal.

Boas compras com muita consciência.

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