segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Que Você Precisa Saber Antes de Investir Seu Dinheiro !

Muitas são as dúvidas que surgem antes de aplicar seu dinheiro. E na maioria das vezes, acabamos investindo em aplicações pouco rentáveis ou as que seu gerente indica como a ideal Quase sempre vantajoso para o banco e não para você. Assim, perdemos boas chances de investir melhor. Qualquer diferença a maior nos juros e/ou rentabilidade, irão refletir enormemente no seu capital acumulado a longo prazo, devido ao que chamamos de juros compostos.E como no Brasil estes juros são altos, estará perdendo boas oportunidades de usa-lo a seu favor.
 Preparei então uma espécie de  cartilha com os aspectos que acredito, serem os mais importantes para você considerar antes de investir : 




1) - Primeiro estabeleça seu horizonte da aplicação:

Se de curto ( até 12 meses), médio (até 5 anos) ou longo prazos (mais de 5 anos). Esta definição é a mais importante, pois vai determinar a possibilidade de investir em ativos mais arriscados e portanto sujeitos a uma  melhor rentabilidade no tempo, porém com maior volatilidade ( o sobe e desce)  em alguns momentos.
Para o curto prazo - menos de 1 ano -  É preciso previamente definir o que você pretende fazer com o dinheiro neste prazo. . Uma viagem pode ser um exemplo. Primeiramente é importante salientar que pesquisar previamente roteiros, voos e hospedagem é imprescindível..Com a facilidade da internet e de ferramentas de pesquisa , esta tarefa se torna fácil e não tomará muito do seu tempo.Para este fim, considere ativos de renda fixa de menor risco como títulos do Tesouro Direto ( pré ou pós fixados com resgate a curto prazo),  CDB´s.(Certificados de depósito bancário) ou mesmo as LCA´s e LCI´s ( Letras de Crédito do Agronegócio e Letras de Crédito Imobiliários) as quais não incidem o Imposto de Renda no resgate.  Para estas ultimas, exige-se uma aplicação inicial maior ( em torno de R$ 30.000,00).
 Particularmente, não indico a caderneta de poupança como prioridade na escolha. Apesar da facilidade de aplicação e isenção  de impostos e taxas, a mesma tem rentabilizado abaixo da inflação, o que não manterá seu poder de compra  Em ultima análise e dependendo do seu grau de conhecimento financeiro, não deixa de ser uma alternativa no curtíssimo prazo.

O médio prazo - de 1 a 5 anos - é o tempo para o qual se estabelecem metas relativas a itens de
consumo durável, como, por exemplo, a compra ou troca do carro, ou a reforma da casa. Nesses casos, já se pode pensar em aplicar parte do dinheiro em  títulos (Tesouro Direto)  e fundos atrelados à inflação ( NTN´s) bem como em fundos multimercados que aplicam parte dos recursos em ativos de maior risco.O ouro também é historicamente, um bom investimento no médio e longo prazos, mas sujeito a certa volatilidade. Neste objetivo também indico os títulos imobiliários (TI´s), que como uma ação ou cota de um empreendimento, oferecem um rendimento proporcional derivado dos aluguéis ( em torno de 0,8% a.m). mas cujas cotas podem sofrer deságio em determinados períodos, principalmente com a alta de inflação.

E o longo prazo, acima de 5 anos, envolve planos para a compra de bens duráveis, como um imóvel ou a acumulação de recursos para a aposentadoria.
Aqui já se pode pensar em aplicar parte dos recursos (em media 30%) em fundos de indice  (as chamadas ETF´s como o BOVA11 e PIBB11), fundos administrados de ações, e mesmo  em uma carteira própria de ações ( de no mínimo dez ações ) selecionadas por ramo de atividade e bom P/L (preço/lucro) . Importante considerar após ter conhecimento adequado do mercado e dominar tecnicas de análise fundamentalista e técnica.

2) Entenda os cenários econômicos  para  definição do balanceamento da carteira :

Todos os ativos, sem exceção, são sensíveis isolada ou conjuntamente, aos indicadores econômicos,  juros ( a taxa SELIC) e inflação. O dólar, por exemplo, performa bem em crises, já que o investidor procura um ativo de proteção. Ao contrário das ações, que são muito sensíveis a fatores internos e externos da economia local e global. Os fundos índice ou títulos públicos, atrelados à inflação, performam mal em um cenário de aumento dos juros,  mas muito bem em um cenário de queda da SELIC.
Entendendo os diversos  cenários possíveis, você poderá balancear adequadamente seu portfólio, com aplicações de menor e maior riscos e aqueles de proteção ( ("hedge") como moedas.

3) Monte uma estratégia ao investir :  Alocação de ativos

É notório que aplicar pequenos montantes, todos os meses com efetividade e disciplina em cada tipo de ativo, dilui bastante o risco e otimizará em muito seus ganhos. Já que não existirá a possibilidade de aplicar tudo de uma vez em um eventual momento ruim para determinada aplicação.  A partir deste conceito, monte uma carteira de ativos balanceada (dentre os de renda fixa e variável) para compor seus objetivos de curto, médio e longo prazos, conforme explicitado anteriormente. O importante será manter a mesma proporção inicial em todo o período de aplicação. Ou seja, se você definir alocar 20% da sua carteira, em letras do tesouro ou fundos DI pós fixados , mantenha sempre esta proporção ao investir, já que sua carteira vai estar sujeita a uma volatilidade de cenário;. Faça o rebalanceamento a cada 6 (seis meses ) pelo menos. 
Em periodos específicos de cenários negativos para a renda variável (ações e ETF´s), você poderá, extraordinariamente, estar realocando  a proporção inicial da carteira, mas não é a regra geral. já que é impossível "adivinhar" os rumos do mercado no médio e longo prazos..
 E, consequentemente você poderá estar perdendo o "gatilho" da recuperação de determinado ativo que vinha com performance ruim.

4) Prospecte fundos e custos, conforme sua estratégia definida:

Muito importante, pois uma taxa de administração de um fundo e/ou taxas de carregamento e de custódia, poderão influenciar em muito a rentabilidade final de determinada aplicação. Para fundos de renda fixa escolha os com taxas de administração abaixo de 1% (um por cento) ao ano.
 Procure o histórico de rentabilidade de pelo menos 24, 36 meses, observando sempre que será a rentabilidade bruta, antes das taxas administrativas e impostos. Sempre considerar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, mas vai dar uma boa idéia da performance do fundo. Observe a incidência de Imposto de Renda ( variável com o período de aplicação) e o  famoso "come cotas" (o “come-cotas” é uma espécie de adiantamento do imposto de renda que você deve pagar sobre os ganhos obtidos no investimento em fundos de renda fixa e DI. Ela é aplicada sempre no último dia útil dos meses de maio e novembro.)

E uma consideração final: 
Nunca aplique em títulos de capitalização,  seja o apelo que existir para você adquirir. São o pior investimento do mercado, pois na maioria das vezes você perderá capital ao retirar antes do prazo contratual, ou no mínimo renderá menos que a própria caderneta de poupança, que ja é uma das piores aplicações do mercado.

Boa semana

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