sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Não importa o quanto você ganha, mas o que faz com o que ganha

Muitas pessoas acham que ganhar pouco é sinônimo de sobreviver e não ter sonhos. Se ganho pouco, como posso pensar em poupar? Como fazer planos e objetivar o que quero de verdade?  

Na última década, mais de 39 milhões de pessoas entraram na classe média, sendo que somente nos últimos 21 meses, 13 milhões de brasileiros chegaram a esse estrato social. Com esta ascensão, o Brasil tem mais da metade da população inserida na Classe Média. O pesquisador do Centro de Pesquisas sobre Desigualdade Social da Universidade Federal de Juiz de Fora e Doutorando em Sociologia na Universidade de Berlim (Alemanha), Roberto Dutra, ressalta que esta ascensão em alta velocidade pode redefinir o desenvolvimento do país.

“Estamos falando de dezenas de milhões de pessoas que agora podem sonhar concretamente com horizontes de vida típicos da classe média tradicional: formação profissional e universitária de qualidade, acesso a um serviço de saúde eficiente, acesso a informação diversificada, etc.”, afirma o especialista.
Ao mesmo tempo que o Brasil ganhou milhões de pessoas neste novo "status", o índice de inadimplência tem crescido a taxas preocupantes. 

É fato que a maioria de nós, imediatamente ao receber uma promoção ou aumento na renda na familia, talvez inconscientemente, ajustamos nosso padrão de vida automaticamente ao novo poder de compra. O problema é, que na maioria das vezes,  acabamos nos endividando de forma não planejada, o que acaba comprometendo o orçamento,  muitas vezes contraindo dívidas muito acima da  capacidade de paga-las, O que dirá de poupar então??

De viagem marcada a São Paulo mês passado, conheci um taxista, cidadão brasileiro de classe média, como a maioria de nós, o qual faço questão de  contar sua história aqui para demonstrar que ganhar pouco não é sinônimo de viver endividado e se dar mal. 
Marcos, é este seu nome se não me falha a memória, ganha aproximadamente R$ 3.500,00 mensais com o arrendamento do taxi que não é seu. Trabalha durante o dia, umas nove horas aproximadamente de jornada. Na profissão anterior ganhava bem menos
Ao longo da sua vida, com o fruto de seu trabalho ( anteriormente era segurança de uma Empresa), começou a adquirir terrenos em bairros distantes ou mesmo em áreas  semi rurais próximas a Porto Alegre. Eram terrenos baratos, os quais podia pagar como forma de poupança. 
Sempre ajustou seu padrão de vida e de sua familia ao que ganhava, de forma a nunca comprometer sua renda com gastos desnecessários e acima de sua capacidade de renda.. Sempre fazia refeições em casa e buscava lazer saudável em praças e parques. Pesquisava eventos culturais grátis, de  forma a não perder o contato com a civilização. Poucas vezes entrou num shopping Center ou trocou de celular. E o mais incrível que eu descobri na nossa conversa até o aeroporto: Desde sempre, Marcos tinha o hábito de planilhar seu orçamento e anotar suas despesas, feito a mão em um caderno ( nesta época ele  não tinha computador), onde anotava tudo que gastava e assim conseguia fazer um planejamento de seus gastos e  prever uma  "sobra" para pagamento das prestações dos terrenos que havia adquirido. E ja sonhava com a casa de praia e seu sitio.

Pois bem, ao final de 10 anos e vendendo alguns de seus vários terrenos que foram adquiridos e foram valorizados neste período, Marcos atualmente mora numa bela casa ( narrado por ele mesmo), em um sitio esplêndido em Viamão de 5000 M2 (em  Águas Claras), cidade que fica aproximadamente a 25 Km da capital, onde tem um canteiro de verduras, um pomar de frutas cítricas, criação de aves, etc. Tem um carro Chevrolet  Kadett ano 1998,  que comprou usado e o reformou totalmente, inclusive equipando-o com um som muto bom. Tem uma casa de alvenaria de 3 quartos numa praia do litoral do Rio Grande do Sul, onde anualmente tira seus 30 dias sagrados de férias com a familia e aluga o resto do ano ´para veranistas. Sempre mantém um dinheiro na poupança (equivalente a umas 10 vezes seu salário) e tem seguro doença e de vida. 
E continua investindo em terrenos.
.E me confessou : Não quer outra vida !!!!!!
Fiz questão de retratar aqui esta história real de forma a entender como familias, que, muitas vezes ganhando muito mais que o Marcos taxista, conseguem entrar num ciclo de vida sem prosperidade, sempre correndo atrás do prejuizo!!!. São pessoas  capazes de gastar R$ 150,00 numa roda de bar com amigos , compram celulares caríssimos, trocam de carro todo ano, fazem dividas a perder de vista, ao mesmo tempo que acham caro investir R$ 200,00 em um curso de educação financeira . Ou mesmo comprar um livro sobre o tema. Perda de tempo!!!!. Mal consigo pagar minhas contas e sobra mês para o meu salário!!!!
Não que voce não deva aproveitar a vida, ao contrário, mas como poderia turbina-la de modo a fazer tudo que que sonha  por um preço bem menor. Sem sobressaltos e com planejamento,,.

Hábitos e crenças são uma coisa séria. Podem trabalhar a seu favor ou contra você mesmo.
Se voce se identificou com uma das histórias, já passou da  hora de te desejar muitas felicidades e continuidade  na realização dos seus sonhos,  ou te indicar desde já,  uma profunda reflexão e uma imediata busca na mudança de seu comportamento

Escolha o que deseja ser!!!!!!

Até a próxima




Um comentário:

  1. Isto Jaques é ser uma pessoa consciente. Maravilhoso este capítulo. Coopera com um mundo que poderá ser melhor para muita gente. Chega de gente alienada, seguindo sem rumo as vezes com família a criar, levando gerações e gerações pelo mesmo caminho.Tranquilidade, união,resultados devem ser a meta.Parabens

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Agradeço muito sua colaboração ..Muito obrigado